Júpiter
Factos sobre Júpiter
Distância média do Sol: 778 milhões de km.
Distância mais próxima da Terra: 630 milhões de km. Temperatura média: -150º C. Diâmetro do equador: 142.800 km. Atmosfera: Hidrogénio, hélio. Comprimento do dia: 9 horas e 50 minutos. Comprimento do ano: 11,9 anos da Terra. Número de luas: 63. |
Júpiter é o maior dos planetas do nosso sistema solar. Tem o dobro do tamanho de todos os planetas juntos. Poder-se-iam encaixar mil e trezentos planetas do tamanho da Terra no espaço ocupado por Júpiter. A sua força de gravidade é grande. Qualquer pessoa em Júpiter teria o dobro do seu peso na Terra. Os astrónomos acreditam que grande parte de Júpiter é composta por hidrogénio quente e liquido. Júpiter é tão quente que seria uma estrela brilhante se fosse dez vezes maior. Júpiter gira tão rapidamente que um dia e uma noite duram menos de dez horas terrestres. Mas um ano em Júpiter é doze vezes maior do que o nosso. Isto acontece por estar mais longe do Sol que nós. |
Júpiter assim como Úrano e Neptuno possuem anéis mas não tão evidentes como os de Saturno. Possuí uma grande mancha vermelha que é formada por uma tempestade existente nas suas nuvens há mais de 300 anos. O astrónomo Galileu Galilei, em 7 de Janeiro de 1610, no seu jardim em Pádua (Itália), observou pela primeira vez quatro luas (satélites naturais) de Júpiter. Actualmente, com os novos telescópios e sondas, foram descobertos muitos mais.
Júpiter com os seus 63 satélites constitui um pequeno sistema planetário. Muitas das luas exteriores são provavelmente asteróides capturados pela gravidade do planeta gigante. Destacam-se os seguintes satélites: Io (astro do Sistema Solar com a maior actividade vulcânica), Europa (encontra-se debaixo da sua crosta gelada um oceano líquido), Ganimede (o maior de todos os satélites, maior que Mercúrio e Plutão) e Calisto.
Júpiter é o rei dos gigantes gasosos. Orbita o Sol a 5.2 UA (800.000.000 km) e a essa distância recebe apenas 4% da luz que chega à Terra, de modo que a temperatura no cimo das nuvens é de -143 ºC, é mais curto no equador que nos pólos.
Júpiter é o rei dos gigantes gasosos. Orbita o Sol a 5.2 UA (800.000.000 km) e a essa distância recebe apenas 4% da luz que chega à Terra, de modo que a temperatura no cimo das nuvens é de -143 ºC, é mais curto no equador que nos pólos.
A atmosfera de Júpiter é imensa e complexa, salpicada de relâmpagos e rodopiando em grandes tempestades. Uma destas tempestades é visível da terra como uma grande mancha vermelha, e terá sido observada pela primeira vez por Galileu, há quase 400 anos! Visíveis com um pequeno telescópio são também as bandas escuras criadas por fortes ventos Este-Oeste.
Não é certo que por baixo da atmosfera se esconda um núcleo sólido, no entanto as condições extremas de pressão (trinta milhões de vezes superior à pressão atmosférica terrestre) e temperatura que se supõem existir no centro do planeta prestam-se a variadas teorias, desde metal líquido até hidrogénio metálico (que poderá ser supercondutor), passando por carbono cristalino (diamante).
Não é certo que por baixo da atmosfera se esconda um núcleo sólido, no entanto as condições extremas de pressão (trinta milhões de vezes superior à pressão atmosférica terrestre) e temperatura que se supõem existir no centro do planeta prestam-se a variadas teorias, desde metal líquido até hidrogénio metálico (que poderá ser supercondutor), passando por carbono cristalino (diamante).
O campo magnético joviano é gigantesco, mesmo em proporção à dimensão do planeta, estendendo-se ao longo de milhões de quilómetros pelo Sistema Solar. Aprisionadas nesta magnetosfera encontram-se muitas partículas carregadas (capturadas do Vento Solar ou espalhadas pelos vulcões de Io), que originam uma cintura de radiação capaz de danificar equipamento electrónico e perigosa para eventuais viajantes humanos. A "cauda" deste campo magnético (a parte que é empurrada pelo Vento Solar no sentido oposto ao do Sol, à semelhança das caudas dos cometas) pode atingir a órbita de Saturno.
Em Júpiter existe cerca de uma dúzia de ventos dominantes, com velocidades que podem atingir 150 m/s no equador. Na Terra os ventos são provocados pela grande diferença de temperatura entre os pólos e o equador (cerca de 40º Célsius), mas os pólos e o equador jovianos estão à mesma temperatura (pelo menos no topo das nuvens).
Supõe-se que a atmosfera de Júpiter possua três camadas de nuvens. No topo estão as nuvens de gelo de amónia, no meio as de cristais de "ammoniumhydrogensulfide" e, na camada mais baixa, de gelo (de água) e talvez até água no estado líquido. As cores vivas das tempestades de Júpiter são provavelmente devidas à sua composição química. Apesar de não existir muito carbono na atmosfera, este combinase facilmente com hidrogénio e pequenas quantidades de oxigénio para formar vários compostos orgânicos. As cores laranja e castanha das nuvens de Júpiter podem ser devidas à presença destes compostos orgânicos, ou de enxofre e fósforo.
Em Júpiter existe cerca de uma dúzia de ventos dominantes, com velocidades que podem atingir 150 m/s no equador. Na Terra os ventos são provocados pela grande diferença de temperatura entre os pólos e o equador (cerca de 40º Célsius), mas os pólos e o equador jovianos estão à mesma temperatura (pelo menos no topo das nuvens).
Supõe-se que a atmosfera de Júpiter possua três camadas de nuvens. No topo estão as nuvens de gelo de amónia, no meio as de cristais de "ammoniumhydrogensulfide" e, na camada mais baixa, de gelo (de água) e talvez até água no estado líquido. As cores vivas das tempestades de Júpiter são provavelmente devidas à sua composição química. Apesar de não existir muito carbono na atmosfera, este combinase facilmente com hidrogénio e pequenas quantidades de oxigénio para formar vários compostos orgânicos. As cores laranja e castanha das nuvens de Júpiter podem ser devidas à presença destes compostos orgânicos, ou de enxofre e fósforo.
Pouco maior que a "nossa" Lua, Io é a terceira maior das luas de Júpiter, a quinta em distância ao planeta, e o corpo geologicamente mais activo que se conhece; quando a sonda espacial Voyager 1 a fotografou em 1979 foram descobertos nove vulcões em actividade, alguns deles espalhando gases e partículas sólidas a altitudes de 300 quilómetros e a velocidades superiores a 1 km/s.
Apesar de Io mostrar sempre o mesmo lado a Júpiter durante a sua órbita (à semelhança da Lua relativamente à Terra), as outras luas maiores, Europa e Ganimedes, perturbam a sua órbita tornando-a numa elipse irregular. Assim, a variação da distância a Júpiter provoca um gigantesco efeito de maré, fazendo com que a superfície de Io se deforme verticalmente em cerca de 100 metros. Estas distensões/contracções geram imenso calor no interior de Io, mantendo assim a camada inferior da sua crosta no estado líquido e procurando chegar à superfície para aliviar a pressão. Desta forma a superfície de Io está em constante renovação, sendo qualquer cratera de impacto rapidamente preenchida com lagos de lava. Não se sabe ao certo qual a composição desta lava, mas supõe-se que seja constituída principalmente por enxofre e alguns dos seus compostos (explicando assim a coloração variada) ou por silicatos. O dióxido de enxofre é o principal constituinte da ténue atmosfera. Dados recolhidos pela sonda Galileo sugerem que exista um núcleo rico em ferro, justificando assim a existência de um campo magnético. Europa é um mundo que tem cativado a curiosidade dos cientistas. É possível que, sob a sua crosta gelada, exista um oceano de água em estado líquido. Como recentemente foram descobertas formas de vida nos locais mais inóspitos da Terra, alguns tão escuros e frios como se pensa que Europa seja, ressurgiu a esperança de encontrar vida extraterrestre no Sistema Solar. As imagens obtidas pelas sondas Voyager mostram planícies geladas amareladas com algumas zonas vermelhas ou castanhas. Existem fendas com milhares de quilómetros por toda a superfície, que é a mais suave do Sistema Solar. Olhando com mais atenção para a superfície, reparamos que esta parece ser formada por "cacos", colados com algum material proveniente de debaixo da superfície. Linhas, direitas ou curvas, riscam a superfície em todas as direcções. Fracturas, fossos e até "poças" congeladas indiciam uma história geológica única. Existem algumas grandes marcas circulares que podem ter tido origem em impactos. À semelhança de Io, a força gravítica exercida por Júpiter e pelas outras luas origina um efeito de maré que estica e comprime Europa em algumas dezenas de metros, fracturando assim a superfície gelada e permitindo que esta se renove com matéria que flui através das fendas. Uma possibilidade interessante é a de o calor produzido pelas constantes dilatações/contracções derreter parte da crosta sob a superfície, originando assim lagos ou até oceanos. Com um diâmetro de 5268 Km, Ganimedes é a maior lua do Sistema Solar, maior até que Mercúrio e Plutão. É provavelmente constituído por um núcleo rochoso, um manto de gelo e silicatos e uma crosta de rocha e gelo. A superfície de Ganimedes exibe montanhas, vales, crateras e fluxos de lava. As zonas mais escuras têm muitas crateras de impacto, revelando assim a sua maior idade. As zonas mais claras estão marcadas por cristas e depressões, aparentando origem mais recente. Calisto é o terceiro maior satélite do Sistema Solar, quase do tamanho de Mercúrio. É o mais exterior dos satélites descobertos por Galileu, orbitando Júpiter para lá das principais cinturas de radiação. Dos quatro é o que tem a menor densidade e a superfície mais escura. A sua constituição deverá ser semelhante à de Ganimedes, mas com um núcleo menor e um grande manto gelado. Calisto tem ainda a maior densidade de crateras do Sistema Solar, provavelmente devido à ausência de actividade geológica à superfície. É o único corpo com mais de 1000 Km que não mostra quaisquer sinais de renovação da superfície, desde a sua formação, tendo assim a paisagem mais antiga do Sistema Solar. A maioria das luas não passa de asteróides que se aventuraram demasiado perto de Júpiter e foram capturados pela gravidade do planeta. São os casos de Metis, Adrastea, Amalthea e Thebe. |