A cidade de Roswell virou uma espécie de "Meca" ufológica e tem nesse incidente uma considerável fonte de renda. Mas até hoje, mais de cinquenta anos depois do acidente, a controvérsia permanece: mito ou a mais bem guardada conspiração da história?
O incidente
Em 14 de Junho de 1947, um fazendeiro chamado Mac Brazel encontrou um conjunto de destroços incomuns em sua propriedade, próxima à cidade de Roswell, no estado americano do Novo México. A princípio, Brazel não lhes deu importância, já que estava acostumado a encontrar restos de balões meteorológicos. Dez dias depois, porém, o piloto Kenneth Arnold relatou o primeiro encontro com discos voadores da história. Enquanto sobrevoava os estados do Oregon e Washington, Arnold avistou o que seriam aeronaves voando em formação e descreveu seu movimento como o de pedras ou discos deslizando na superfície de um lago. A cobertura da imprensa logo cunhou o termo "disco voador", dando início a uma paranóia nacional, que resultou em quase mil relatos de avistamentos de discos voadores nas semanas seguintes.
Ao ir até a cidade e ficar sabendo dos "discos voadores", Brazel decidiu reexaminar o que tinha encontrado semanas atrás. Brazel julgou que o material prateado dos destroços tinha uma aparência muito futurística para ser um simples balão meteorológico e avisou o xerife da cidade. O xerife, por sua vez, entrou em contacto com a base aérea do Exército em Roswell (sede do 509th Bomb Group - a unidade que havia sido criada especialmente para o bombardeio nuclear do Japão ao final da Segunda Guerra Mundial), que enviou dois oficiais de inteligência, o Major Jesse Marcel e o Capitão Sheridan Cavitt.
O Major Marcel recolheu o material e o transportou para a base de Fort Worth, para uma análise mais detalhada. Enquanto isso, no dia 8 de Julho, a base de Roswell (comandada pelo Coronel William Blanchard) divulgou uma nota oficial informando que havia tomado posse dos destroços de um disco voador, o que imediatamente motivou uma manchete no jornal local, o Roswell Daily Record, - "RAAF [Roswell Army Air Field] captura disco voador em rancho na região de Roswell". A notícia também relatava que um casal da região havia avistado o que pensava ser um disco voador alguns dias antes.
Ao ir até a cidade e ficar sabendo dos "discos voadores", Brazel decidiu reexaminar o que tinha encontrado semanas atrás. Brazel julgou que o material prateado dos destroços tinha uma aparência muito futurística para ser um simples balão meteorológico e avisou o xerife da cidade. O xerife, por sua vez, entrou em contacto com a base aérea do Exército em Roswell (sede do 509th Bomb Group - a unidade que havia sido criada especialmente para o bombardeio nuclear do Japão ao final da Segunda Guerra Mundial), que enviou dois oficiais de inteligência, o Major Jesse Marcel e o Capitão Sheridan Cavitt.
O Major Marcel recolheu o material e o transportou para a base de Fort Worth, para uma análise mais detalhada. Enquanto isso, no dia 8 de Julho, a base de Roswell (comandada pelo Coronel William Blanchard) divulgou uma nota oficial informando que havia tomado posse dos destroços de um disco voador, o que imediatamente motivou uma manchete no jornal local, o Roswell Daily Record, - "RAAF [Roswell Army Air Field] captura disco voador em rancho na região de Roswell". A notícia também relatava que um casal da região havia avistado o que pensava ser um disco voador alguns dias antes.
Enquanto isso, na base de Fort Worth, os destroços foram rapidamente identificados como papel alumínio, elásticos de borracha, fita adesiva e compensado - os restos de um dispositivo empregado em balão meteorológico. O General Roger Ramey, comandante da 8a. Força Aérea (a quem a base de Roswell era subordinada) chamou a imprensa e apresentou suas conclusões, permitindo que parte do material fosse fotografada com o Major Marcel. A foto de Marcel com o material apareceu nos jornais do dia seguinte, junto com a notícia de sua identificação
Mas a história original já havia corrido o resto do país (e até outros países), antes que a notícia da identificação fosse publicada. O escritório do xerife, a base de Roswell e o jornal local foram inundados de ligações, em busca de notícias sobre o disco voador. Eventualmente, o desmentido teve efeito, fazendo com que a história sumisse dos jornais (apesar de Brazel ainda defender que o que havia encontrado não podia ser um balão meteorológico). Ao final do ano, o incidente de Roswell havia sido esquecido e ficaria registado apenas como um fiasco de relações públicas do Exército americano e uma nota de rodapé na história da ufologia. Até o ano de 1978...
Mas a história original já havia corrido o resto do país (e até outros países), antes que a notícia da identificação fosse publicada. O escritório do xerife, a base de Roswell e o jornal local foram inundados de ligações, em busca de notícias sobre o disco voador. Eventualmente, o desmentido teve efeito, fazendo com que a história sumisse dos jornais (apesar de Brazel ainda defender que o que havia encontrado não podia ser um balão meteorológico). Ao final do ano, o incidente de Roswell havia sido esquecido e ficaria registado apenas como um fiasco de relações públicas do Exército americano e uma nota de rodapé na história da ufologia. Até o ano de 1978...
O renascimento
Em 1978, Stanton Friedman, um físico nuclear convertido em pesquisador e escritor de livros sobre UFOs, teve contacto com Jesse Marcel (que havia deixado o exército e trabalhava consertando televisões). Marcel, que, como Brazel, não acreditava que os destroços encontrados eram de um balão, relatou a sua versão da história.
Inicialmente, as informações de Marcel eram escassas demais para que Friedman as investigasse (Marcel não lembrava mais em que ano o incidente havia ocorrido). Mas aos poucos Friedman e outros pesquisadores foram obtendo mais informações e descobrindo outras testemunhas. Enquanto isso, Friedman conseguiu que uma entrevista com Marcel fosse publicada no tablóide National Enquirer, onde Marcel afirmava que nunca tinha visto nada como o material encontrado em Roswell, que teria origem extraterrestre. Assim o assunto Roswell voltou às manchetes e Marcel virou uma celebridade no mundo da ufologia.
Eventualmente, baseando-se principalmente em relatos de diversas testemunhas que foram sendo descobertas a partir da volta de Roswell às manchetes, pesquisadores publicaram os primeiros livros defendendo a tese de que os destroços de Roswell eram de uma nave alienígena, com destaque para "The Roswell Incident", de Charles Berlitz e William Moore; "UFO crash at Roswell" e "The truth about the UFO crash at Roswell", de Kevin Randle e Donald Schmitt e "Crash at Corona", de Stanton Friedman.
Ainda que divergissem em seus detalhes, as teorias apresentadas nestes livros tinham a mesma linha básica. Os destroços encontrados em Roswell seriam de uma nave alienígena que, por algum motivo desconhecido, teria se acidentado. Ao identificarem os destroços, os militares americanos teriam iniciado uma campanha de desinformação para acobertar a verdadeira origem do material, apresentando a versão oficial de que seriam restos de um balão meteorológico. Na verdade, o material teria sido encaminhado para análise em instalações secretas de pesquisa e todas as informações relacionadas teriam sido objecto de uma conspiração governamental para esconder a verdade do público.
Variações encontradas nas teorias incluem o número de locais onde teriam sido encontrados destroços (bem como suas localizações), o número de naves que teriam se acidentado, a quantidade de destroços encontrados, a existência ou não de corpos de alienígenas (e seu número) e a descrição dos materiais.
Inicialmente, as informações de Marcel eram escassas demais para que Friedman as investigasse (Marcel não lembrava mais em que ano o incidente havia ocorrido). Mas aos poucos Friedman e outros pesquisadores foram obtendo mais informações e descobrindo outras testemunhas. Enquanto isso, Friedman conseguiu que uma entrevista com Marcel fosse publicada no tablóide National Enquirer, onde Marcel afirmava que nunca tinha visto nada como o material encontrado em Roswell, que teria origem extraterrestre. Assim o assunto Roswell voltou às manchetes e Marcel virou uma celebridade no mundo da ufologia.
Eventualmente, baseando-se principalmente em relatos de diversas testemunhas que foram sendo descobertas a partir da volta de Roswell às manchetes, pesquisadores publicaram os primeiros livros defendendo a tese de que os destroços de Roswell eram de uma nave alienígena, com destaque para "The Roswell Incident", de Charles Berlitz e William Moore; "UFO crash at Roswell" e "The truth about the UFO crash at Roswell", de Kevin Randle e Donald Schmitt e "Crash at Corona", de Stanton Friedman.
Ainda que divergissem em seus detalhes, as teorias apresentadas nestes livros tinham a mesma linha básica. Os destroços encontrados em Roswell seriam de uma nave alienígena que, por algum motivo desconhecido, teria se acidentado. Ao identificarem os destroços, os militares americanos teriam iniciado uma campanha de desinformação para acobertar a verdadeira origem do material, apresentando a versão oficial de que seriam restos de um balão meteorológico. Na verdade, o material teria sido encaminhado para análise em instalações secretas de pesquisa e todas as informações relacionadas teriam sido objecto de uma conspiração governamental para esconder a verdade do público.
Variações encontradas nas teorias incluem o número de locais onde teriam sido encontrados destroços (bem como suas localizações), o número de naves que teriam se acidentado, a quantidade de destroços encontrados, a existência ou não de corpos de alienígenas (e seu número) e a descrição dos materiais.
Stanton Friedman publicou mais tarde, no livro "Top Secret/Majic", o que seriam evidências documentais da existência de um grupo governamental clandestino dedicado exclusivamente a acobertar o incidente de Roswell. Este grupo, constituído por doze pessoas e chamado de Majestic-12, coordenaria todos os estudos secretos sobre os destroços e os corpos de alienígenas recuperados.
Outra suposta evidência documental de que os destroços encontrados em Roswell eram mesmo de uma nave alienígena estaria nesta foto, do General Ramsey e um de seus oficiais junto com os destroços. Na foto, o General segura um documento, no qual poderia ser lido as frases "vítimas dos destroços" e "no disco". Uma imagem da ampliação pode ser vista aqui.
Os personagens
As teorias alienígenas de Roswell se baseiam quase que exclusivamente no depoimento de testemunhas civis e militares. O conteúdo destes depoimentos é vasto demais para ser incluído aqui. Versões resumidas e/ou comentadas podem ser encontradas (em inglês) aqui, aqui e aqui. Estas testemunhas incluem:
Mac Brazel - o fazendeiro que encontrou os destroços.
William Brazel Jr - filho de Mac Brazel; teve contato com o material encontrado e relatou suas propriedades.
"[Uma das peças parecia] algo como uma folha metálica, excepto que não rasgava? Você podia amassá-la e ao largá-la ela imediatamente voltava à forma original? Quase como um plástico, mas definitivamente metálico. Meu pai falou que o Exército havia lhe dito que não era nada produzido por nós."
Bessie Brazel - filha de Mac Brazel; teve contacto com o material encontrado e relatou suas propriedades.
"[O material parecia] um tipo de papel de alumínio. Algumas peças tinham um tipo de fita grudada. Apesar de parecer uma fita, não podia ser descolada ou removida. Algumas peças tinham algo como números e letras, mas não tinham nenhuma palavra que pudéssemos reconhecer".
Loretta e Floyd Proctor, Marian Strickland - vizinhos de Mac Brazel que teriam visto o material encontrado e atestado suas propriedades inexplicáveis e/ou confirmado que Brazel havia sido ameaçado pelos militares para não comentar o incidente.
[Loretta]:"O pedaço que [Mac] trouxe parecia um tipo de plástico marrom claro. Era muito leve, como compensado... Tentamos cortá-lo e ao aproximar um fósforo ele não queimava. Sabíamos que não era madeira. Era liso como plástico? Eu nunca tinha visto algo parecido".
Glenn Dennis - dono da funerária de Roswell, que teria obtido informações, de uma enfermeira do hospital da base de Roswell, sobre corpos de alienígenas encontrados junto aos destroços.
"Ela disse que eram três corpos pequenos. Dois deles estavam destruídos, mas havia um que estava em boas condições. E ela disse «vou lhe mostrar a diferença entre a nossa anatomia e a deles. Na verdade, eles pareciam antigos chineses - pequenos, frágeis e sem cabelo«."
Barbara Dugger - neta do xerife George Wilcox, a quem Brazel comunicou o incidente. Disse que o avô teria sido ameaçado pelo Exército, para manter a história secreta.
"[Minha avó disse]: Não conte a ninguém. Quando o incidente ocorreu, os militares vieram à delegacia e disseram a George que se contássemos qualquer coisa sobre o incidente, não apenas nós, mas toda a nossa família seria morta...[George] nunca mais quis ser xerife de novo".
Frank Joyce e Lydia Sleppy - funcionários de uma estação de rádio de Roswell (KGFL). Lydia teria começado a transmitir uma reportagem sobre o incidente quando foi interrompida pelo FBI. Frank recebeu a primeira nota para imprensa da base de Roswell e teria sido posteriormente ameaçado por militares.
[Frank]:"O telefone tocou e a pessoa se identificou como sendo do Pentágono... e disse coisas bens ruins sobre o que aconteceria comigo. Finalmente... eu disse: «Olha, você está falando de uma nota de imprensa do próprio U.S. Army Air Corps.«...Ele bateu o telefone."
[Lydia]:"Quando tínhamos algo importante, transmitíamos por telex e era eu que digitava... Eu havia digitado o suficiente para ver que era uma história bem importante quando tocou o sinal [de interrupção]. Veio a mensagem: «Aqui é o FBI, parem a transmissão«."
Walt Whitmore Jr. - filho do dono da estação KGFL. Descreveu os destroços sem informar como os teria visto.
"[O material era] como uma folha metálica mas não podia ser rasgada ou cortada. Extremamente leve. Algumas vigas que pareciam de madeira tinham algum tipo de inscrição."
Major Jesse Marcel - primeiro militar a chegar ao local e principal testemunha. Descreveu os destroços como à prova de fogo, leves e extremamente resistentes.
"Havia fragmentos por toda a área, por volta de 3/4 de milha [1200 metros] de comprimento e algumas centenas de pés de largura...Tentei dobrar o material, mas ele não dobrava. Tentei queimá-lo, mas ele não queimava. O material não pesava nada. Era tão fino quanto o papel metálico de um maço de cigarros. Até tentamos marcá-lo com uma marreta e nada".
Jesse Marcel Jr. - filho do Major Marcel (tinha 11 anos na época); relatou a existência de hieróglifos nos destroços e foi o primeiro a citar peças estruturais em forma de I.
"O acidente e os destroços que eu vi deixaram uma marca em minha memória que nunca poderá ser esquecida... Os destroços eram provavelmente o que na época era chamado de disco voador que aparentemente tinha sido exigido além de sua capacidade de projecto... Meu pai disse que obviamente [a história do balão meteorológico] era uma história de cobertura, aquilo não era um balão meteorológico".
Coronel William Blanchard - comandante da base de Roswell.
Walter Haut - oficial de relações públicas da base de Roswell. Divulgou a primeira nota sobre os destroços.
Bill Rickett, Robert Porter, Robert Shirkey, Robert Slusher, Robert Smith - militares da base de Roswell que participaram do transporte do material sob circunstâncias "estranhas". Alguns relataram ver parte dos destroços.
[Porter]:"Nós transportamos os pedaços. [Alguns oficiais] nos disseram que eram partes de um disco voador. Os pacotes [com os pedaços] estavam embrulhados em papel.. era como se eu tivesse pego um pacote vazio, era muito leve. [Os pacotes] cabiam no porta-malas de um carro."
Pappy Henderson e Melvin Brown - militares da base de Roswell que morreram antes de serem entrevistados. Seus testemunhos foram obtidos através da entrevista de parentes e amigos. A filha de Melvin Brown, Beverly, relatou que o pai teria visto corpos de alienígenas sendo guardados na base.
[Beverly]:"[Meu pai disse] que um dia todos os homens disponíveis foram chamados para montar guarda onde um disco havia caído. Tudo estava sendo carregado em camiões e ele não entendia por que alguns deles tinham gelo... Ele e um amigo tiveram que ir na traseira de um dos camiões... e deram uma rápida olhada ... e viram dois corpos, corpos de alienígenas."
J.B. Johnson - o fotógrafo que tirou as fotos dos destroços com o Major Marcel.
Gerald Anderson - teria encontrado, junto com seu irmão e seu tio, destroços (e corpos) na planície de San Augustin, a 120 milhas (aproximadamente 190 quilómetros) do rancho de Brazel.
Mesmo entre os vários pesquisadores que defendem a tese alienígena de Roswell, existem divergências quanto à validade de alguns relatos dessas testemunhas.
Glenn Dennis foi a primeira testemunha a mencionar corpos de alienígenas em associação ao incidente de Roswell, em uma entrevista a Stanton Friedman, em 1989. Segundo Dennis, uma enfermeira do hospital da base de Roswell lhe relatou ter participado da autópsia de três corpos de alienígenas, mas logo depois ela teria sido transferida para a Inglaterra. A entrevista de Dennis foi publicada pela primeira vez no livro de Randle e Schmitt ("UFO crash at Roswell"). Após muita insistência, os pesquisadores conseguiram que Dennis informasse o nome da enfermeira - Naomi Maria Self, mas investigações posteriores revelaram que nenhuma enfermeira com esse nome havia servido em Roswell ou em qualquer outra base do Exército. Dennis então admitiu ter informado um nome falso, mas recusou-se a relatar o verdadeiro nome da enfermeira. Actualmente, Kevin Randle considera Dennis a testemunha menos confiável de Roswell.
Outra testemunha controversa é Gerald Anderson. Pouco depois de seu primeiro contacto com Jesse Marcel, Stanton Friedman foi abordado por um casal que lhe passou o relato de um amigo, Grady Barnett. Barnett teria encontrado destroços em um segundo local, perto da cidade de Socorro. Barney já havia morrido e o casal não sabia em que ano o fato havia ocorrido, mas eles garantiam que Barney era confiável. Friedman passou então a trabalhar com hipóteses envolvendo os dois locais - Roswell e Socorro. Após aparecer em um programa de TV, Friedman recebeu um telefonema de Gerald Anderson, que afirmava ter visto (junto com seu irmão e seu tio, Ted) destroços de uma nave e corpos de alienígenas na planície de San Augustin (próxima a Socorro). As peças pareciam se encaixar e Friedman defendeu em seu livro "Crash at Corona", a existência de dois locais com destroços de naves alienígenas. A história de Gerald Anderson (que tinha cinco anos em 1947) era confirmada pelo diário de seu tio Ted, mas Kevin Randle (que não havia sido convencido por Anderson) contratou um perito para analisar o diário, descobrindo que o papel era realmente de 1947, mas a tinta com a qual as anotações haviam sido escritas só havia aparecido no mercado em 1974.
Mac Brazel - o fazendeiro que encontrou os destroços.
William Brazel Jr - filho de Mac Brazel; teve contato com o material encontrado e relatou suas propriedades.
"[Uma das peças parecia] algo como uma folha metálica, excepto que não rasgava? Você podia amassá-la e ao largá-la ela imediatamente voltava à forma original? Quase como um plástico, mas definitivamente metálico. Meu pai falou que o Exército havia lhe dito que não era nada produzido por nós."
Bessie Brazel - filha de Mac Brazel; teve contacto com o material encontrado e relatou suas propriedades.
"[O material parecia] um tipo de papel de alumínio. Algumas peças tinham um tipo de fita grudada. Apesar de parecer uma fita, não podia ser descolada ou removida. Algumas peças tinham algo como números e letras, mas não tinham nenhuma palavra que pudéssemos reconhecer".
Loretta e Floyd Proctor, Marian Strickland - vizinhos de Mac Brazel que teriam visto o material encontrado e atestado suas propriedades inexplicáveis e/ou confirmado que Brazel havia sido ameaçado pelos militares para não comentar o incidente.
[Loretta]:"O pedaço que [Mac] trouxe parecia um tipo de plástico marrom claro. Era muito leve, como compensado... Tentamos cortá-lo e ao aproximar um fósforo ele não queimava. Sabíamos que não era madeira. Era liso como plástico? Eu nunca tinha visto algo parecido".
Glenn Dennis - dono da funerária de Roswell, que teria obtido informações, de uma enfermeira do hospital da base de Roswell, sobre corpos de alienígenas encontrados junto aos destroços.
"Ela disse que eram três corpos pequenos. Dois deles estavam destruídos, mas havia um que estava em boas condições. E ela disse «vou lhe mostrar a diferença entre a nossa anatomia e a deles. Na verdade, eles pareciam antigos chineses - pequenos, frágeis e sem cabelo«."
Barbara Dugger - neta do xerife George Wilcox, a quem Brazel comunicou o incidente. Disse que o avô teria sido ameaçado pelo Exército, para manter a história secreta.
"[Minha avó disse]: Não conte a ninguém. Quando o incidente ocorreu, os militares vieram à delegacia e disseram a George que se contássemos qualquer coisa sobre o incidente, não apenas nós, mas toda a nossa família seria morta...[George] nunca mais quis ser xerife de novo".
Frank Joyce e Lydia Sleppy - funcionários de uma estação de rádio de Roswell (KGFL). Lydia teria começado a transmitir uma reportagem sobre o incidente quando foi interrompida pelo FBI. Frank recebeu a primeira nota para imprensa da base de Roswell e teria sido posteriormente ameaçado por militares.
[Frank]:"O telefone tocou e a pessoa se identificou como sendo do Pentágono... e disse coisas bens ruins sobre o que aconteceria comigo. Finalmente... eu disse: «Olha, você está falando de uma nota de imprensa do próprio U.S. Army Air Corps.«...Ele bateu o telefone."
[Lydia]:"Quando tínhamos algo importante, transmitíamos por telex e era eu que digitava... Eu havia digitado o suficiente para ver que era uma história bem importante quando tocou o sinal [de interrupção]. Veio a mensagem: «Aqui é o FBI, parem a transmissão«."
Walt Whitmore Jr. - filho do dono da estação KGFL. Descreveu os destroços sem informar como os teria visto.
"[O material era] como uma folha metálica mas não podia ser rasgada ou cortada. Extremamente leve. Algumas vigas que pareciam de madeira tinham algum tipo de inscrição."
Major Jesse Marcel - primeiro militar a chegar ao local e principal testemunha. Descreveu os destroços como à prova de fogo, leves e extremamente resistentes.
"Havia fragmentos por toda a área, por volta de 3/4 de milha [1200 metros] de comprimento e algumas centenas de pés de largura...Tentei dobrar o material, mas ele não dobrava. Tentei queimá-lo, mas ele não queimava. O material não pesava nada. Era tão fino quanto o papel metálico de um maço de cigarros. Até tentamos marcá-lo com uma marreta e nada".
Jesse Marcel Jr. - filho do Major Marcel (tinha 11 anos na época); relatou a existência de hieróglifos nos destroços e foi o primeiro a citar peças estruturais em forma de I.
"O acidente e os destroços que eu vi deixaram uma marca em minha memória que nunca poderá ser esquecida... Os destroços eram provavelmente o que na época era chamado de disco voador que aparentemente tinha sido exigido além de sua capacidade de projecto... Meu pai disse que obviamente [a história do balão meteorológico] era uma história de cobertura, aquilo não era um balão meteorológico".
Coronel William Blanchard - comandante da base de Roswell.
Walter Haut - oficial de relações públicas da base de Roswell. Divulgou a primeira nota sobre os destroços.
Bill Rickett, Robert Porter, Robert Shirkey, Robert Slusher, Robert Smith - militares da base de Roswell que participaram do transporte do material sob circunstâncias "estranhas". Alguns relataram ver parte dos destroços.
[Porter]:"Nós transportamos os pedaços. [Alguns oficiais] nos disseram que eram partes de um disco voador. Os pacotes [com os pedaços] estavam embrulhados em papel.. era como se eu tivesse pego um pacote vazio, era muito leve. [Os pacotes] cabiam no porta-malas de um carro."
Pappy Henderson e Melvin Brown - militares da base de Roswell que morreram antes de serem entrevistados. Seus testemunhos foram obtidos através da entrevista de parentes e amigos. A filha de Melvin Brown, Beverly, relatou que o pai teria visto corpos de alienígenas sendo guardados na base.
[Beverly]:"[Meu pai disse] que um dia todos os homens disponíveis foram chamados para montar guarda onde um disco havia caído. Tudo estava sendo carregado em camiões e ele não entendia por que alguns deles tinham gelo... Ele e um amigo tiveram que ir na traseira de um dos camiões... e deram uma rápida olhada ... e viram dois corpos, corpos de alienígenas."
J.B. Johnson - o fotógrafo que tirou as fotos dos destroços com o Major Marcel.
Gerald Anderson - teria encontrado, junto com seu irmão e seu tio, destroços (e corpos) na planície de San Augustin, a 120 milhas (aproximadamente 190 quilómetros) do rancho de Brazel.
Mesmo entre os vários pesquisadores que defendem a tese alienígena de Roswell, existem divergências quanto à validade de alguns relatos dessas testemunhas.
Glenn Dennis foi a primeira testemunha a mencionar corpos de alienígenas em associação ao incidente de Roswell, em uma entrevista a Stanton Friedman, em 1989. Segundo Dennis, uma enfermeira do hospital da base de Roswell lhe relatou ter participado da autópsia de três corpos de alienígenas, mas logo depois ela teria sido transferida para a Inglaterra. A entrevista de Dennis foi publicada pela primeira vez no livro de Randle e Schmitt ("UFO crash at Roswell"). Após muita insistência, os pesquisadores conseguiram que Dennis informasse o nome da enfermeira - Naomi Maria Self, mas investigações posteriores revelaram que nenhuma enfermeira com esse nome havia servido em Roswell ou em qualquer outra base do Exército. Dennis então admitiu ter informado um nome falso, mas recusou-se a relatar o verdadeiro nome da enfermeira. Actualmente, Kevin Randle considera Dennis a testemunha menos confiável de Roswell.
Outra testemunha controversa é Gerald Anderson. Pouco depois de seu primeiro contacto com Jesse Marcel, Stanton Friedman foi abordado por um casal que lhe passou o relato de um amigo, Grady Barnett. Barnett teria encontrado destroços em um segundo local, perto da cidade de Socorro. Barney já havia morrido e o casal não sabia em que ano o fato havia ocorrido, mas eles garantiam que Barney era confiável. Friedman passou então a trabalhar com hipóteses envolvendo os dois locais - Roswell e Socorro. Após aparecer em um programa de TV, Friedman recebeu um telefonema de Gerald Anderson, que afirmava ter visto (junto com seu irmão e seu tio, Ted) destroços de uma nave e corpos de alienígenas na planície de San Augustin (próxima a Socorro). As peças pareciam se encaixar e Friedman defendeu em seu livro "Crash at Corona", a existência de dois locais com destroços de naves alienígenas. A história de Gerald Anderson (que tinha cinco anos em 1947) era confirmada pelo diário de seu tio Ted, mas Kevin Randle (que não havia sido convencido por Anderson) contratou um perito para analisar o diário, descobrindo que o papel era realmente de 1947, mas a tinta com a qual as anotações haviam sido escritas só havia aparecido no mercado em 1974.
Autópsias e Majestic-12
Além da controvérsia envolvendo o incidente original, o caso Roswell gerou outras polémicas.
A existência de corpos alienígenas nos destroços sempre foi baseada apenas no relato de testemunhas, até o surgimento de um vídeo mostrando o que seria a autópsia de um dos corpos encontrados. O vídeo, apresentado em 1995 pelo produtor Ray Santilli, tem aproximadamente quinze minutos de duração e teria sido obtido directamente do cameraman que filmou a autópsia em 1947. Estes quinze minutos de filme teriam sido guardados pelo cameraman, que teria entregado ao Exército apenas o restante do filme.
Após uma enorme publicidade inicial, inúmeras falhas e inconsistências no filme foram apontadas por vários pesquisadores. Actualmente, o filme é amplamente considerado uma encenação, inclusive por ufólogos. O filme completo tem uma versão comercial à venda (Alien Autopsy: Fact or Fiction), mas partes podem ser encontradas na Internet, bem como descrições das falhas encontradas. E quem melhor para reconhecer uma encenação do que um profissional da área? Em um artigo da revista Time, por exemplo, os especialistas em efeitos especiais para o cinema Steve Johnson (de "Roswell", "O segredo do abismo" e "A experiência") e Stan Winston ("Aliens" e "Jurassic Park") dão sua opinião: o filme é falso. Para quem quiser, dicas para montar e filmar um alienígena falso podem ser encontradas aqui.
Em 1984, os documentos conhecidos como Majestic-12 vieram à público pela primeira vez, quando fotos dos documentos teriam sido enviadas pelo correio para John Shandera. Shandera não tinha nenhum envolvimento com o movimento ufológico, mas era amigo de William Moore (aquele que escreveu "The Roswell Incident", junto com Charles Berlitz). Moore e Stanton Friedman divulgaram os documentos aproximadamente dois anos depois e eles apareceram com destaque em diversos livros, especialmente os escritos por Friedman.
Os documentos Majestic-12 eram um memorando de oito páginas para o Presidente Eisenhower, dando detalhes sobre um acidente com um UFO em Roswell, em 1947, e outro acidente em El Índio, Texas em 1950. Além disso, o documento listava membros de um grupo especial do governo (o Majestic-12 ou MJ-12) envolvido com os UFOs. Havia também um memorando anterior do Presidente Harry Truman para o Secretário de Defesa da época, autorizando a criação do MJ-12.
Cópias dos documentos, bem como documentos relativos a investigação interna do FBI que concluiu que os documentos eram falsos, podem ser vistas aqui. Ainda que muitos pesquisadores (especialmente Friedman) ainda defendam a autenticidade dos documentos, eles apresentam erros que indicam terem sido falsificados. Por exemplo, o posto do Almirante Roscoe H. Hillenkoetter (Diretor da CIA entre 1947 e 1950), que aparece no documento como oficial responsável pelo memorando, está errado. Na época, Hillenkoetter era "Rear Admiral" (equivalente ao Contra-Almirante na Marinha brasileira), dois postos abaixo de Almirante.
Além disso, o pesquisador Philip Klass descobriu que a assinatura do Presidente Truman no segundo memorando é rigorosamente igual à sua assinatura em outro memorando de data anterior, incluindo algumas marcas acidentais, indicando que a assinatura no documento do suposto Majestic-12 é, na verdade, uma fotocópia. Como esse memorando é citado várias vezes no documento supostamente elaborado pelo Almirante Hillenkoeter, isto reforça a tese de que ambos são falsos.
Outros documentos relacionados ao Majestic-12 surgiram posteriormente, mas de autenticidade igualmente contestada. Uma lista completa pode ser encontrada aqui, onde também é possível comprar cópias dos documentos e outros artigos relacionados.
Em 1984, os documentos conhecidos como Majestic-12 vieram à público pela primeira vez, quando fotos dos documentos teriam sido enviadas pelo correio para John Shandera. Shandera não tinha nenhum envolvimento com o movimento ufológico, mas era amigo de William Moore (aquele que escreveu "The Roswell Incident", junto com Charles Berlitz). Moore e Stanton Friedman divulgaram os documentos aproximadamente dois anos depois e eles apareceram com destaque em diversos livros, especialmente os escritos por Friedman.
Os documentos Majestic-12 eram um memorando de oito páginas para o Presidente Eisenhower, dando detalhes sobre um acidente com um UFO em Roswell, em 1947, e outro acidente em El Índio, Texas em 1950. Além disso, o documento listava membros de um grupo especial do governo (o Majestic-12 ou MJ-12) envolvido com os UFOs. Havia também um memorando anterior do Presidente Harry Truman para o Secretário de Defesa da época, autorizando a criação do MJ-12.
Cópias dos documentos, bem como documentos relativos a investigação interna do FBI que concluiu que os documentos eram falsos, podem ser vistas aqui. Ainda que muitos pesquisadores (especialmente Friedman) ainda defendam a autenticidade dos documentos, eles apresentam erros que indicam terem sido falsificados. Por exemplo, o posto do Almirante Roscoe H. Hillenkoetter (Diretor da CIA entre 1947 e 1950), que aparece no documento como oficial responsável pelo memorando, está errado. Na época, Hillenkoetter era "Rear Admiral" (equivalente ao Contra-Almirante na Marinha brasileira), dois postos abaixo de Almirante.
Além disso, o pesquisador Philip Klass descobriu que a assinatura do Presidente Truman no segundo memorando é rigorosamente igual à sua assinatura em outro memorando de data anterior, incluindo algumas marcas acidentais, indicando que a assinatura no documento do suposto Majestic-12 é, na verdade, uma fotocópia. Como esse memorando é citado várias vezes no documento supostamente elaborado pelo Almirante Hillenkoeter, isto reforça a tese de que ambos são falsos.
Outros documentos relacionados ao Majestic-12 surgiram posteriormente, mas de autenticidade igualmente contestada. Uma lista completa pode ser encontrada aqui, onde também é possível comprar cópias dos documentos e outros artigos relacionados.
A versão oficial
Na década de 90, a Força Aérea americana realizou, a pedido do General Accounting Office (um órgão de auditoria do governo americano), uma investigação sobre o incidente de Roswell. As conclusões foram publicadas em dois relatórios que podem ser encontrados aqui. O primeiro relatório se concentra na origem dos destroços encontrados enquanto o segundo aborda os relatos de corpos de alienígenas.
Em relação aos destroços, a conclusão apresentada é que eles eram restos de um balão do chamado Projecto Mogul. O Prometo Mogul era um projecto secreto destinado a determinar em que situação estava o projecto soviético de armas nucleares (o primeiro teste nuclear soviético só aconteceria em 1949). A ideia era desenvolver um sistema que conseguisse detectar, à distância, um teste nuclear em território soviético (cujas fronteiras estavam fechadas). Para isso, detectores acústicos de baixa frequência eram colocados em balões lançados a altas altitudes. Outros pesquisadores também chegaram, de forma independente, à relação entre Roswell e o Projecto Mogul - Robert Todd e Karl Pflock (autor de "Roswell: Inconvenient Facts and the Will to Believe").
Os pesquisadores do Projecto Mogul ainda vivos por ocasião da investigação foram entrevistados, em especial o professor Charles B. Moore, que era o engenheiro-chefe do projecto. Inicialmente baseados na Universidade de Nova Iorque, os pesquisadores se mudaram para a base de Alamogordo, Novo México, de onde os balões eram lançados. Na verdade, o equipamento era carregado por um "trem" de balões - vários balões (inicialmente de neopreno e mais tarde de polietileno) conectados entre si. Também pendurado ao trem de balões ia um alvo de radar - uma estrutura multifacetada de compensado encoberto com papel alumínio - utilizada para rastrear os balões após o lançamento.
A partir dos registos ainda disponíveis sobre o projecto, concluiu-se que os destroços encontrados em Roswell seriam provavelmente do "voo" número quatro, lançado em 4 de Junho de 1947.
O segundo relatório da Força Aérea americana se concentra no problema dos corpos de alienígenas. Ao longo dos anos, várias testemunhas se apresentaram com relatos envolvendo corpos encontrados nos destroços, sendo transportados pelo Exército, sofrendo autópsias, etc. Mesmo entre os pesquisadores que defendem a teoria alienígena existem controvérsias sobre quais destas testemunhas são confiáveis, mas, de qualquer forma, a confirmação da existência de corpos de alienígenas tornaria supérfluo o debate sobre a natureza dos destroços.
As conclusões do relatório são:
Diversas actividades da Força Aérea, ocorridas ao longo de vários anos, foram misturadas pelas testemunhas, que as lembraram como tendo ocorrido em alguns poucos dias de 1947;
Os alienígenas "observados" no Novo México eram provavelmente bonecos de testes carregados por balões de pesquisa em alta altitude;
As actividades militares suspeitas observadas na área eram na verdade as operações de lançamento e recuperação dos balões e dos bonecos de testes;
Relatos envolvendo corpos de alienígenas no hospital da base de Roswell provavelmente se originaram da combinação de dois acidentes, cujos feridos foram transportados para Roswell: a queda de um avião KC-97 em 1956, onde 11 militares morreram e um incidente com um balão tripulado em 1959, onde dois pilotos ficaram feridos.
Em relação aos destroços, a conclusão apresentada é que eles eram restos de um balão do chamado Projecto Mogul. O Prometo Mogul era um projecto secreto destinado a determinar em que situação estava o projecto soviético de armas nucleares (o primeiro teste nuclear soviético só aconteceria em 1949). A ideia era desenvolver um sistema que conseguisse detectar, à distância, um teste nuclear em território soviético (cujas fronteiras estavam fechadas). Para isso, detectores acústicos de baixa frequência eram colocados em balões lançados a altas altitudes. Outros pesquisadores também chegaram, de forma independente, à relação entre Roswell e o Projecto Mogul - Robert Todd e Karl Pflock (autor de "Roswell: Inconvenient Facts and the Will to Believe").
Os pesquisadores do Projecto Mogul ainda vivos por ocasião da investigação foram entrevistados, em especial o professor Charles B. Moore, que era o engenheiro-chefe do projecto. Inicialmente baseados na Universidade de Nova Iorque, os pesquisadores se mudaram para a base de Alamogordo, Novo México, de onde os balões eram lançados. Na verdade, o equipamento era carregado por um "trem" de balões - vários balões (inicialmente de neopreno e mais tarde de polietileno) conectados entre si. Também pendurado ao trem de balões ia um alvo de radar - uma estrutura multifacetada de compensado encoberto com papel alumínio - utilizada para rastrear os balões após o lançamento.
A partir dos registos ainda disponíveis sobre o projecto, concluiu-se que os destroços encontrados em Roswell seriam provavelmente do "voo" número quatro, lançado em 4 de Junho de 1947.
O segundo relatório da Força Aérea americana se concentra no problema dos corpos de alienígenas. Ao longo dos anos, várias testemunhas se apresentaram com relatos envolvendo corpos encontrados nos destroços, sendo transportados pelo Exército, sofrendo autópsias, etc. Mesmo entre os pesquisadores que defendem a teoria alienígena existem controvérsias sobre quais destas testemunhas são confiáveis, mas, de qualquer forma, a confirmação da existência de corpos de alienígenas tornaria supérfluo o debate sobre a natureza dos destroços.
As conclusões do relatório são:
Diversas actividades da Força Aérea, ocorridas ao longo de vários anos, foram misturadas pelas testemunhas, que as lembraram como tendo ocorrido em alguns poucos dias de 1947;
Os alienígenas "observados" no Novo México eram provavelmente bonecos de testes carregados por balões de pesquisa em alta altitude;
As actividades militares suspeitas observadas na área eram na verdade as operações de lançamento e recuperação dos balões e dos bonecos de testes;
Relatos envolvendo corpos de alienígenas no hospital da base de Roswell provavelmente se originaram da combinação de dois acidentes, cujos feridos foram transportados para Roswell: a queda de um avião KC-97 em 1956, onde 11 militares morreram e um incidente com um balão tripulado em 1959, onde dois pilotos ficaram feridos.
Os bonecos eram transportados em grandes caixas de madeira, semelhantes a caixões, para evitar danos os sensores montados em seu interior. Pelo mesmo motivo, quando retirados das caixas ou após recuperados no campo, os bonecos eram normalmente transportados dentro de sacos plásticos em macas. Em alguns lançamentos, os bonecos "vestiam" uma roupa de alumínio que protegia os sensores das baixas temperaturas encontradas a altas altitudes. Todos estes fatos, além de sua aparência, provavelmente contribuíram para sua identificação como corpos de alienígenas.
A hipótese de que os alienígenas avistados seriam na verdade bonecos é coerente com os relatos de várias testemunhas. John Ragsdale, por exemplo, quando entrevistado por Donald Schmitt disse "Eu tenho certeza que havia corpos... corpos ou bonecos". Vern Maltais (amigo de Grady Barnett) disse, relatando o que ouviu do amigo, "Suas cabeças eram lisas... sem sobrancelhas, sem pálpebras, sem cabelo." Gerald Anderson disse "Eu pensei que eles fossem bonecos de plástico...não achei que fossem de verdade".
A hipótese de que os alienígenas avistados seriam na verdade bonecos é coerente com os relatos de várias testemunhas. John Ragsdale, por exemplo, quando entrevistado por Donald Schmitt disse "Eu tenho certeza que havia corpos... corpos ou bonecos". Vern Maltais (amigo de Grady Barnett) disse, relatando o que ouviu do amigo, "Suas cabeças eram lisas... sem sobrancelhas, sem pálpebras, sem cabelo." Gerald Anderson disse "Eu pensei que eles fossem bonecos de plástico...não achei que fossem de verdade".
Conclusões
Toda a discussão sobre o que aconteceu em Roswell gira em torno de informações obtidas de testemunhas. Estas testemunhas guardaram suas histórias por mais de trinta anos, só aparecendo após o assunto receber destaque na imprensa e, em alguns casos, apenas repassavam relatos ouvidos de terceiros. O longo espaço de tempo entre o incidente e os relatos inevitavelmente diminui a sua exactidão e algumas testemunhas, como os filhos de Mac Brazel e do Major Jesse Marcel, eram crianças na época. Além disso, todas as testemunhas eram moradores de uma região rural dos Estados Unidos na década de 40, imersos na comoção generalizada causada pelo primeiro relato de um UFO. Obviamente, é preciso considerar esses relatos com bastante cuidado.
A única evidência material de autenticidade comprovada é o conjunto de fotos dos destroços com o Major Marcel, publicadas em 1947, que não mostram nada excepcional (por causa disso, alguns ufólogos defendem que o que aparece nas fotos não são os verdadeiros destroços).
Mesmo assim, ainda são muitos os que defendem que Roswell constitui a maior conspiração da história, mantida por mais de 55 anos. Realmente, se uma nave caiu em Roswell, é de se admirar a capacidade do governo americano de manter secretas por tanto tempo todas as provas do fato, especialmente considerando a quantidade de publicidade que o assunto recebeu nas últimas duas décadas. Afinal de contas, após tanto tempo, tudo que os defensores dessa teoria conseguiram foram depoimentos imprecisos, documentos forjados, encenações de autópsias e especulações.
A única evidência material de autenticidade comprovada é o conjunto de fotos dos destroços com o Major Marcel, publicadas em 1947, que não mostram nada excepcional (por causa disso, alguns ufólogos defendem que o que aparece nas fotos não são os verdadeiros destroços).
Mesmo assim, ainda são muitos os que defendem que Roswell constitui a maior conspiração da história, mantida por mais de 55 anos. Realmente, se uma nave caiu em Roswell, é de se admirar a capacidade do governo americano de manter secretas por tanto tempo todas as provas do fato, especialmente considerando a quantidade de publicidade que o assunto recebeu nas últimas duas décadas. Afinal de contas, após tanto tempo, tudo que os defensores dessa teoria conseguiram foram depoimentos imprecisos, documentos forjados, encenações de autópsias e especulações.